Kering pode vender a Puma em 2018, dizem analistas
Desde que a PPR (agora Kering) comprou a Puma em 2007, analistas financeiros sempre questionaram a possibilidade do grupo vender a marca esportiva, apontando como motivo a falta de sinergia entre os negócios da Puma e marcas de luxo do grupo, como Gucci ou Balenciaga.

Foto: coleção da Fenty, linha da Rihanna para Puma | Reprodução
Agora, mais do que nunca, o cenário parece plausÃvel, se quisermos acreditar nas declarações emitidas por uma série de grandes bancos e empresas de consultoria nas últimas semanas, em que a venda da Puma para 2018 é anunciada abertamente.
“O desempenho dinâmico da Puma e as suas margens operacionais de recuperação poderiam abrir caminho para uma venda”, afirmou Thomas Chauvet, analista do Citi, à Reuters. A agência de notÃcias também informou que um comunicado do HSBC supôs que o grupo Kering “finalmente recuperou seus gastos, após dez anos, tornando a venda da Puma mais provável”.
Hoje, uma avaliação de cerca de 5 bilhões de euros para a Puma pode ser satisfatória para a Kering (proprietária de uma participação de 86% na marca), enquanto em 2016 François-Henri Pinault indicou que ele não previa uma venda da marca nem naquele ano ou em 2017.
No entanto, o fato é que, embora Kering possa querer vender a Puma, há muito poucos compradores que poderiam pagar uma aquisição dessa magnitude para uma marca que ainda não é tão lucrativa quanto a Nike ou a Adidas. Ao mesmo tempo, a possibilidade de venda da Reebok pela Adidas é algo que também está sempre sendo comentado na indústria. Já foi mencionado que fundos de investimento asiáticos estariam interessados, mas nenhum nome convincente foi apresentado.
A Reuters informou que a Kering tem várias alternativas financeiras à sua disposição: ela poderia colocar a Puma no mercado, ou descentralizar e distribuir o capital entre seus acionistas. Através da venda, a gigante francesa de artigos de luxo poderia gerar um novo capital para ampliar seu portfólio de marcas e priorizar uma aquisição na altamente dinâmica indústria de joias.